Como a análise FMEA pode ajudar a reduzir falhas na empresa

Oferecer qualidade nos serviços ou produtos oferecidos pela empresa é um bom indicativo para a saúde da receita financeira. Embora esse conceito seja idealizado pela maioria, estratégias como a análise FMEA podem reduzir as chances de falhas que impossibilitam o crescimento da organização.
 

O que é FMEA?

 

O método FMEA (do inglês Failure Modes, Effects Analysis) consiste em uma análise centrada no objetivo de rastrear e identificar possíveis falhas nos produtos ou processos de uma determinada empresa. Desse modo, o gestor responsável consegue avaliar com maior precisão o risco atrelado ao erro.
 
A partir desse diagnóstico, a organização consegue classificar os riscos e elaborar ações corretivas para minimizar os danos. Esse processo pode ser aplicado em diferentes setores da empresa, principalmente nos que dizem respeito a:
 
  • Análise de processos;
  • Manutenção de ativos;
  • Setor administrativo;
  • Projetos de novos produtos.
 
Existem vários tipos de FMEA que podem ser aplicados diretamente na empresa e podem ser utilizados como meio de obter alguns aspectos particulares. Entre os mais populares se destacam:
 
  1. FMEA de produto: neste processo o foco se destina a analisar falhas em alguma especificidade do produto, como componentes ou subsistemas;
  2. FMEA de sistema: permite que o gestor analise funções do sistema para um melhor rastreio de falhas;
  3. FMEA de serviço: processos de montagem ou manufatura são verificados.
 

Benefícios e vantagens da análise FMEA





Uma das grandes vantagens do FMEA é o retorno financeiro direto para as empresas pela diminuição de falhas em potencial. Um estudo encabeçado por acadêmicos de Engenharia de Produção da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) comprovou a eficácia do método empregado no setor de transportes.
 
Com o foco na gestão dos pneus dos veículos da empresa, o método foi aplicado como uma tentativa para redução dos custos de manutenção devido à falhas constantemente repetidas no produto, impedindo o crescimento empresarial.
 
Por se tratar de um segmento de constante atividade, a gestão da qualidade precisa ser um item primordial para garantir a continuidade da sua competitividade no mercado. Sendo assim, a implementação do FMEA não só trouxe retorno financeiro positivo para empresa, como também entregou prestígio e credibilidade para a marca.
 
No entanto, os benefícios e vantagens do FMEA ainda vão bem além disso. Entre os principais se destacam:
 
  • Processo produtivo de alta qualidade: Oportunidade para gestores impulsionarem as habilidades do time de produção, melhorando a qualidade do material envolvido no produto, bem como obter funcionários mais engajados e treinados para identificar falhas com antecedência.
  • Segurança e confiança no mercado empresarial e de varejo: A melhora da qualidade dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa tem um grande impacto para o cliente externo, se tornando um consumidor fiel.
  • Redução de custos operacionais: em muitos casos, falhas recorrentes demandam um gasto financeiro maior para a manutenção, fazendo com que a organização não consiga obter um saldo positivo, sendo assim, com a estratégia do FMEA, esse gerente consegue reduzir gastos e investir cada vez mais em melhorias.
  • Diminuição de erros graves: com o FMEA, todo o time de colaboradores consegue antever alguma falha antes do prejuízo ser formalizado, melhorando os processos internos de produção.
 

Como fazer uma análise FMEA



A análise é feita a partir de um formulário que busca compreender melhor as falhas comumente encontradas nos produtos. O processo do método FMEA começa a partir da definição de alguns termos que estarão presentes no formulário. Dessa forma, é importante que o gestor esteja familiarizado com:
 
  • Modo de falha: observação do dano causado;
  • Efeito da falha: consequência do erro ocasionado;
  • Falha: perda de função;
  • Periodicidade da falha: quantas vezes ela ocorreu;
  • Severidade da falha: qual é o nível do dano causado;
  • Detecção de falha: possível rastreamento antes de ocorrer o problema
  • Risk Priority Number (RPN): risco calculado associado ao modo de falha.
 
O RPN é o componente mais importante para a análise FMEA. Deve-se calcular o risco inerente a partir do múltiplo de 3 variáveis: Severidade, Periodicidade e Detecção, tabeladas de acordo com o tipo de FMEA escolhido pela empresa.
 
Sendo assim, podemos entender que esse processo identifica os riscos com base nas funções do produto e suas possíveis falhas e efeitos que possam ser derivados. Existem vários exemplos de documentos que podem ser utilizados para o FMEA, é necessário que o gestor tenha em mente quais serão suas prioridades.
 
Após esses passos, ações para minimizar os danos devem ser tomadas pela equipe responsável pelo processo. Para que sejam realizadas com sucesso, as ações devem ser propostas a partir do conhecimento prévio dos gerentes, ou em sessões de brainstorming para a possibilidade de ideias mais inovadoras.
 
Estas alternativas, mais tarde, passam por uma minuciosa avaliação que têm como objetivo identificar a viabilidade das ações elaboradas anteriormente e, então, distribuídas em forma de tarefas para os colaboradores envolvidos.
 
A análise FMEA, portanto, é um importante recurso presente na gestão da qualidade de uma empresa e pode ser calculado em diferentes setores da organização, sendo um componente chave para o progresso financeiro. Saiba mais sobre como as soluções Doo podem auxiliar a minimizar as falhas presentes nos seus produtos ou serviços.

28 de Outubro de 2020

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FMEA